História ditada pelo amigo e mentor espiritual Cabloco Sete Montanhas.
Origem de grande parte das doenças mentais, seja por invigilância do obsidiado, seja por deliberada vingança, a obsessão é tão antiga quanto à humanidade e poderia ser considerada o mal do século. sendo de origem espiritual ela é resistente a qualquer tratamento que tenha atuação restrita à matéria.
Inicialmente é necessário reconhecer que é o obsidiado a peça fundamental no processo de cura. Tudo depende dele, porque para alcançar a cura é necessária a modificação de hábitos, atitudes, pensamentos e sentimentos que, se não forem educados, criam o ambiente propício para a instauração e a perpetuação do processo obsessivo.
Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XXVIII, em nota explicativa acerca das preces pelos obsidiados, encontramos a instrução de que "(...) da mesma forma que as doenças são o resultado das imperfeições físicas que tornam o corpo resultado de uma imperfeição moral que o expõe a um mau espírito. A uma causa física se opõe uma força física: a uma causa moral, é preciso opor uma força moral. Para preservar as doenças, fortifica-se o corpo; para se garantir da obsessão, é preciso fortalecer a alma; daí, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar pela sua própria melhoria, o que basta, o mais frequentemente, para livrá-lo do obsessor sem o socorro de pessoas estranhas. Esse socorro torna-se necessário quando a obsessão degenera em subjugação e em possessão, porque, então, o paciente perde, por vezes, a vontade e o seu livre-árbítrio. (...)".
O tratamento da obsessão requer muita paciência e amor, pois estamos lidando com dois ou mais enfermos: o encarnado e o(s) desencarnado(s), que por vezes têm razões mais do que justas para tentarem "fazer justiça com as próprias mãos".
O processo obsessivo só existe pela ausência de amor de ambas as partes; enquanto um deles não for tocado pelo perdão, sempre haverá a força do ódio a uni-los em dolorosa caminhada reencarnatória.